terça-feira, 21 de dezembro de 2010

tanto sentido...


(sem título XII)


No meu castelo de bons sonhos
estou só,
andando pelos corredores,
solitário,
cercado de retratos de um belo amor
que um dia julguei poder ser meu.

Sozinho e pálida face me pego a pensar
se
é melhor viver com meus sonhos apenas
e se certo fiz
ao deixar (fazer) partir
alguém que insistentemente
em mim quis fazer morada.
No meu castelo de bons sonhos.

Mas não entendo...
Nem bem sei o que já sinto.
Mas sei
agora meu castelo de bons sonhos
é um castelo branco longe,
que de amor se tornou prisão.

(São Jorge d'Oeste/PR. 10/03/2005)

um dia, quem sabe...


(sem título XIII)


Em frente à janela
olhos como a chuva que cai.

A distância é cinza escuro de tempestade,
a falta de palavras então
 quando vozes longe ao telefone se tocam
 tentando acariciar as feridas.

... São carinhos que se tornam mais
 cortantes do que a própria saudade e dor.

Talvez seja melhor...
... Talvez apenas seja assim...

E as palavras mais uma vez se vão...

(São Jorge d'Oeste/PR. 24/04/2005)

tão velho, mas tão atual...


(sem título XVII)


Será esse o nosso fim?
Sem adeus... Ou boa sorte
ou ao menos um beijo com o carinho de dois bons amigos...

Será assim o nosso fim?
Terá acabado nosso doce desejo de ser feliz,
pra que tenhamos que partir sem olhar pra trás?

E assim o último toque ser sem sentido
sem sentir
quase nada... Teremos então como último contato
a dor?

Será esse o nosso fim?
Sem que ao menos possamos dizer:
"foi bom", ou ao menos "fui feliz...".

(...)

(São Jorge d'Oeste/PR. 14/08/2005)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

piano, sax, madrugada e o último gole de café...

Coltrane e Ellington

eles fizeram você
lembrar de coisas
que não queria,
que estavam há tempos
escondidas
no fundo da memória.
eles fizeram você lembrar
de todo o sentimentalismo
e de toda a intutilidade
de um amor não correspondido.
não dá mais para viver de cartas,
e nem de poesias sem sentido.
(seu cabelo era tão bonito
brilhando ao sol de uma
tarde de domingo).

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão. 13/12/2010).

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

cidade grande.

antes eu olhava para as pessoas. agora elas olha para mim...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sábado com cara de poucos amigos...

Copos sobre a mesa

Você leu todos os livros
e agora não tem ninguém
pra conversar,
já foi a todos os bares,
esteve em todos os lugares,
mas não havia mais nada lá.
já teve tantos amigos,
viveu tantas viagens
e agora,
só quer ser normal.
ainda não tem idade
pra sofrer,
nem se arrepender.
ainda não tem idade pra saber,
e nem pode entender:
o amor é uma ilusão.
talvez o que queira mais
são copos vazios sobre a mesa,
mesmo que seja em solidão.

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 01/12/2010).

Porre psicológico de uma quarta-feira

Blues de quarta-feira

Quero ficar de porre
esta noite, meu bem.
E não me importa o amor,
não me importa ninguém.
Não adianta ligar,
não adianta pedir,
só as garrafas vazias
me farão sorrir.
abraçando os amigos,
colecionando inimigos,
e tudo o mais resolve
com um brinde aos aflitos.
Pode ficar com a TV,
com toda a sala de estar,
só volto pela manhã,
se o meu caminho encontrar,
e suas coisas aqui
não quero encontrar:
eu quero ficar de porre,
outra noite, meu bem.
Não adianta ligar,
não adianta pedir,
tod´as garrafas vazias
me farão sorrir.
tod´as garrafas vazias
me farão sair, daqui.

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 01/12/2010).

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Indecifrável descuido da verdade...

Ilusões

Agora que já pode
olhar para horizontes
distantes,
seus olhos são fortes o
suficiente
para aguentarem
as indecifráveis cores da realidade?

Não seria melhor apenas sonhar?

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 28/11/2010).

Segunda terça-feira...

Roleta russa

Você passou distraída
embebida inebriante
sensação de paz.
Estava satisfeita
não parou para conversar.
Esperava ligações,
imaginava sensações,
vivia ilusões,
mas não precisava acordar,
cedo demais.
Ficava a pensar
"onde estará?"
"quem será?".
só queria ir até a
próxima esquina,
em segurança voltar
acompanhada por amigos,
fiéis imaginários.
pensou um dia
parar de pensar,
era toda a diferença
entre transeuntes
ausentes.
era toda a igualdade
de um sonho de liberdade.

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 29/11/2010).

domingo, 28 de novembro de 2010

Saudades I

Se você soubesse,
ou ao menos imaginasse,
a saudade que eu sinto,
não teria tantos sorrisos,
e não pensaria
que eu também sorrio.
A casa antes inundada de alegria
hoje explode em vazios de solidão,
a cama é grande demais,
a mesa é grande demais,
as gavetas, vazias demais.
Há barreiras que impedem
que o sol adentre
em novas manhãs douradas,
não há nessa horas
o inebriante aroma do café-da-manhã.
Já não durmo,
não vivo,
apenas respiro e existo
mantendo uma chama acesa
no fundo dos desejos.
Multidões habitam o mundo
ao redor,
as ruas impregnadas de vozes,
de passos apressados
sem rumo,
pessoas abandonam suas casas
em busca de alguns sonhos
ilusórios,
novas músicas embalam doses
de loucura,
e solidão.

A mesma dúvida que permanece.

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 14/11/2010).

...

A irracionalidade de uma manhã de sol

Você ainda quer voltar pra casa?
eu abro as cortinas se você voltar,
troco os lençois,
acendo o farol para te guiar.
Sei que no mar da vida estás a navegar,
e como um louco tenho estado a procurar.
Sei que já esteve em tantos lugares
e já pode ter esquecido o caminho de casa,
mas o portão branco da entrada
trancado não está,
ainda tens o seu lugar:
na mesa de jantar,
no sofá da sala de estar.
E as paredes ainda tem o seu sorriso.
Nos corredores ainda ecoa o seu riso,
impreciso,
divertido.
Eu agora sou o tapete "bem-vindo" da porta,
eu sou criança que corre para a estrada,
sou cão de guarda,
sou desejo guardado à sete chaves.

Essa resposta que nunca chega,
faz crescer montanhas de papel,
de histórias e palavras que no fundo não dizem
nada,
ou dizem tudo,
ou querem dizer somente:
você ainda quer voltar pra casa?

indecisão.
falta de carinho.
suas coisas por todo o lugar.
sua foto no fundo da memória.
e a saudade: latejando. latejando.
latejando.

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 07/11/2010.)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"Rumo ao Leste Qual a distância entre nós?" Violeta de Outono.

Far west interior

Você se perdeu no velho
oeste,
no velhor rock n roll,
no whisky barato,
na mesa de um bar
beira de estrada.
Valeu a pena
caminhar nos desertos
acompanhada de pensamentos
que cavalgavam,
rápido demais?
Valeu a pena
sacar as armas da solidão
em busca de um abrigo interior?
Foi possível decidir,
se quer ser mocinho ou bandido?
E quando viu fogueiras no meio do nada,
você olhou do alto do desfiladeiro
e viu amigos?
ou inimigos?
Sentiu vontade de pular,
ou seguir viagem?
cigarros para enganar as verdades?
receoso com forasteiros que invadiam seus domínios.

"Mais uma dose de loucura?"

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 19/11/2010).

Quase dia de confidências novamente...

Confidência

fim da linha
fim de noite
é madrugada
a última estação
quem sabe eu não volte
pague a conta e já chega

você senta no
banco da frente
joga os papéis pela
janela.
um copo na sala de estar.

vem do corredor
provocando
a imaginação,
saiu da pista.
guardou a vida
em caixas lacradas.

é um ditado popular
tão difícil de entender.
quis conversar,
não sabe se vai
rever,
a mesma imagem no espelho.

é o fim da noite pra você,
em casa o seu pijama te espera.

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 12/10/2010)

sábado, 30 de outubro de 2010

A moça do filme

perdi o número
do seu telefone,
não sei escrever cartas.
ir embora antes era
a melhor escolha.

tudo foi acaso,
foi um caso
de águas passadas.
as pessoas apressadas
esbarram no corpo
perdido.
aqui é a vida real,
nada está no lugar.

queimando os pés
no asfalto.
acredito em novos amigos.
hoje então bebeu
mais do que o normal.
e também voltou pra casa.

onde vai deixar
o corpo esta noite?

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 17/10/2010)

domingo, 24 de outubro de 2010

Domingo de manhã: há algo mais solitário?

Revolução

indícios de revolução
do outro lado da fronteira
do quarto escuro.
o esquecimento só serve pra lembrar
daquela grande cidade que ficou pra trás.
se olhar pro lado
que sonho novo terá?
sabe dizer em que mundo vive agora?
em barco navega à naufragar,
que sentido existe por tras de
suas cancoes?
é melhor nao pensar,
para entender?
seu novo nome é a contagem dos dias
à espera dos aplausos
do mundo que te deixa.
seguir a longa viagem.

Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 25/08/2010.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sexta-feira fechada, chuvosa.

Minha casa é sua casa

Benvinda à casa,
não estás ficando louca.
a vida está lá fora
e aqui dentro
a melodia irregular.

não há ninguém pra te julgar,
e de manhã não precisa levantar
mais cedo que o normal.
no refrão canto seu nome

tão desigual,
e tão igual a todos mais.
no teu sorriso eu procuro
o que me faz sorrir logo
depois.

Fique à vontade,
pode esquecer toda a saudade,
e se acaso te faltar o ar...
eu cuido dos seus sonhos enquanto
dormir.

Hoje chego tarde,
amanhã é sua vez,
a porta fica entreaberta
e corredor à meia luz.

seu vestido é o tapete
vermelho da entrada.
Benvinda à casa,
à melodia irregular:
o que me faz sorrir logo depois.

(Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 12/10/2010.)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Esse novo sol cega os olhos pela manhã. Está na mesma altura dos semáforos.

domingo, 10 de outubro de 2010

As caixas espalhadas na sala de estar...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

quentinha, no frio cascavelense.

Dominando garrafas vazias

Ontem foi a noite
de dominar os demônios
hoje é o dia em que veremos
o filme de nossa vida no cinema.
eu tinha palavras desconexas,
hoje tenho um quarto de hotel,
uma cama que não é mais minha,
o mesmo rock n roll.
o cabelo desarrumado,
a barba por fazer,
as camisas amassadas,
notícias estranhas na TV.

ontem foi a noite de sentar
ao luar,
foi a noite de partir com as
mãos pro ar.
e hoje eu te peço, por favor,
não deixe as garrafas vazias
aqui.

Você quebrou todos copos,
entrou de sapatos em casa,
eu fechei as janelas
antes de sair.
Você escondeu todas as revistas,
hoje não chegou o jornal,
eu não provarei você no café da manhã.

Talvez já seja madrugada,
Talvez não queira responder.
Eu atendo o telefone
se você não ligar mais.

Os carros velhos na estrada,
carregam qualquer saudade.
Eu voltarei pra cidade grande
na semana que vem.

Certas coisas nunca mudam.
Certas coisas nunca mudam.
Não conte para ninguém...

Hans Cristian Koch.
(Cascavel/PR. 08/10/2010).

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Happy hour.

Eu fico com as lacunas... e você some pelas esquinas... eu fico com as garrafas vazias, e você com a toalha verde da mesa.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

os bares foram fechando, um após o outro, mas as perguntas ainda pairavam no ar...

Enquanto o sono não vem

e essa noite eu estava só,
a sós com uma garrafa de bebida
que não era minha.
estará alguém sentindo a mesma dor?
terá alguém o mesmo amor agora?

estou tentando cronometrar todos os passos,
mas não segui você dessa vez.
não sei se são os homens e seus desejos
que tornam a vida banal.
não sei se é a hora que insiste em passar,
ou a madrugada que tem pressa de chegar,
mas faltam as lembranças enquanto o sono
não vem.

e essa noite o telefone voltou a tocar,
apenas um amigo para conversar,
quem será o salvador agora?
é alguém que diz que somos todos iguais,
e as perguntas são sempre as mesmas,
e o passado está ficando velho demais
para brincar.

certas coisas nunca mudam.

Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 12/09/2010.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

É a vida...

Forgotten Hopes (Anathema)

Hey you, rotting in your alcoholic shell
Banging on the walls of your intoxicated mind.
Do you ever wonder why you are left alone?
As your heart grew colder
And finally turned to stone.

Did I punish you for dreaming?
Did I break your heart and leave you crying?
Do you ever dream of escaping?
Don't you ever dream of escaping?

Pathetic oblivion.
Forgotten hopes buried in your soul's lonely grave.
Pathetic oblivion.
Remember how you were before you locked your heart away.

Did I punish you for dreaming?
Did I break your heart and leave you crying?
Do you ever dream of escaping?
Don't you ever dream of escaping?

Esperanças esquecidas

Ei você, apodrecendo em sua concha alcoólica
batendo nas paredes de sua mente intoxicada.
Você já se perguntou por que você foi deixado sozinho?
À medida que seu coração esfriou
e finalmente virou pedra.

Eu te puni por sonhar?
Eu quebrei o seu coração e deixei você chorando?
Você já sonhou em escapar?
Você nunca sonhou em escapar?

Esquecimento patético.
Esperanças esquecidas enterradas no túmulo solitário de sua alma.
Esquecimento patético.
Lembre-se de como você era antes de trancar o seu coração dessa maneira.

Eu te puni por sonhar?
Eu quebrei o seu coração e deixei você chorando?
Você já sonhou em escapar?
Você nunca sonhou em escapar?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Careless Whisper - Wham

Careless Whisper (Wham)

Time can never mend the careless whispers, of a good friend
To the heart and mind, ignorance is kind
There's no comfort in the truth
Pain is all you'll find

Should've known better

I feel so unsure
As I take your hand and lead you to the dance floor
As the music dies, something in your eyes
Calls to mind the silver screen
And all its sad good-byes

I'm never gonna dance again
Guilty feet have got no rhythm
Though it's easy to pretend
I know your not a fool

Should've known better than to cheat a friend
And waste the chance that I've been given
So I'm never gonna dance again
The way I danced with you

Time can never mend
The careless whispers of a good friend
To the heart and mind
Ignorance is kind
There's no comfort in the truth
Pain is all you'll find

I'm never gonna dance again
Guilty feet have got no rhythm
Though it's easy to pretend
I know your not a fool

Should've known better than to cheat a friend
And waste this chance that I've been given
So I'm never gonna dance again
The way I danced with you

Never without your love

Tonight the music seems so loud
I wish that we could lose this crowd
Maybe it's better this way
We'd hurt each other with the things we'd want to say

We could have been so good together
We could have lived this dance forever
But no one's gonna dance with me
Please stay

And I'm never gonna dance again
Guilty feet have got no rhythm
Though it's easy to pretend
I know your not a fool

Should've known better than to cheat a friend
And waste the chance that I've been given
So I'm never gonna dance again
The way I danced with you

(Now that you're gone) Now that you're gone
(Now that you're gone) What I did's so wrong
That you had to leave me alone

Sussurros Descuidados

O tempo nunca poderá reparar os sussurros descuidados de um bom amigo
Para o coração e a mente a ignorância faz bem
Não há consolo na verdade
Dor é tudo o que se encontra

Eu deveria saber

Sinto-me tão inseguro
Quando eu pego a sua mão e te levo à pista de dança
Enquanto a música acaba algo em seus olhos
Me traz a lembrança de uma tela prateada
E todas as suas tristes despedidas

Nunca dançarei de novo
Pés culpados não têm ritmo
Embora seja fácil fingir
Sei que você não é tola

Deveria saber que não se deve enganar um amigo
E desperdiçar a oportunidade que tive
Então nunca mais dançarei
Como dancei com você

O tempo nunca poderá reparar
Os sussurros descuidados de um bom amigo
Para o coração e a mente
A ignorância faz bem
Não há consolo na verdade
Dor é tudo o que se encontra

Nunca dançarei de novo
Pés culpados não têm ritmo
Embora seja fácil fingir
Sei que você não é tola

Deveria saber que não se deve enganar um amigo
E desperdiçar a oportunidade que tive
Então nunca mais dançarei
Como dancei com você

Nunca sem o seu amor

Esta noite a música parece tão alta
Gostaria que estivéssemos longe desta multidão
Talvez seja melhor assim
A gente acabaria se magoando com as coisas que queremos dizer

Poderíamos ter-nos dado tão bem
Poderíamos ter vivido essa dança para sempre
Mas agora, quem vai dançar comigo?
Fique, por favor

E eu nunca dançarei de novo
Pés culpados não têm ritmo
Embora seja fácil fingir
Sei que você não é tola

Deveria saber que não se deve enganar um amigo
E desperdiçar a oportunidade que tive
Então nunca mais dançarei
Como dancei com você

(Agora que você foi embora) Agora que você foi embora
(Agora que você foi embora) O que foi que eu fiz de tão errado
Tão errado que você teve que me abandonar??

domingo, 25 de abril de 2010

Chove na terra do nunca.

Vem depressa

Qual é a hora certa
para correr e domar
os horizontes distantes?
Qual é o tempo certo para
dar espaço
aos sonhos?
Qual é a maneira de trocar
a voz que dita as regras,
quem é a pessoa certa
para acender as luzes,
e desvendar a doçura do mundo,
tão desejada.

eu aceito seus defeitos
se você gostar de mim,
Mas tenho pressa em saber.

Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 30/03/2010.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Você é somente um sorriso, guardado na memória...

Capital

Você está usando as mesmas
roupas
que usou no último encontro.
será real? ou apenas pedaços de
memória?
Você guarda o mesmo sorriso
de adolescente querendo
conquistar a vida.
éramos tão jovens quando pensávamos
sobre a teoria do amor.
Mas hoje tantas pessoas falam sobre
você,
que as alegres tardes de domingo
são lembranças adormecidas,
confundidas com fantasias.
esse é o preço a pagar,
sem saber até quando esperar.
quantas vezes mais adormecer sem calor,
se ao menos uma vez
pudesse olhar para você,
talvez uma parcela da saudade fosse
embora.

Mas quem sabe qual será o próximo
pensamento?

Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 25/03/2010.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Segunda-feira chuvosa.

Músicas de saudade I

Ei, garota!
Hoje é um bom dia
para ser uma menina romântica.
É o dia certo para lembrar
dos amores passados,
e dos amores platônicos,
sem pressa para o dia passar.

Tal qual não poder dormir a noite
porque a cama está tão vazia,
como sempre esteve,
mas antes não fazia sentido pensar,
pois antes você não se dava conta
que amar é a exceção da regra.

E o que vai acontecer depois?
Talvez alguma insatisfação com a vida,
logo resolvida com uma bebida
em um bar qualquer,
na esquina de sua casa.

"Tudo bem. Tudo bem."


Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão. 14/03/2010.

terça-feira, 30 de março de 2010

Novidades antigas...

Laranjas e limões (para alguém que chora, em casa, só)

Até a próxima vez,
quando a madrugada ceder.
Por horas demônios libertar,
como se à infância voltasse,
para um antigo gramado
da casa do campo de concentração.

Se eu te ligar a meia-noite,
não exite em atender.
E se chorar não resolver,
tente esquecer.
Cuidarei da sua vida enquanto você
estiver, fora de si.

A brisa tratará de acariciar
seus cabelos
para dormir.

Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 14/03/2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

Quando eu te vi...

A Rosa do Jardim

Haverá amor esta noite?
esta noite em que acabaram
as poesias,
e os discos velhos
voaram para longe.

Haverá crimes esta noite?
alguém pode ver o por do sol
sem saber ao certo se seria a primeira
ou a última vez.

as vezes o tempo faz o
tempo correr.
as vezes rápido demais
e a vida não consegue acompanhar.
chamamos isso de retrato,
um pedaço do passado que esmola
um comentário ao café da manhã,
mas prefere o deleite na dualidade
de uma embriaguez.

Ao fim da noite o amor pouco custará
para aqueles que lá chegarem,
e não tentarem brincar de viver.
Há um certo medo que ronda
todos os desejos:
é o temor de que eles possam ser reais.

Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 18/03/2010.

terça-feira, 16 de março de 2010

Madrugada em alerta...

Menina do cabelo colorido (Ouvindo: EBTG - I Don't Wanna Talk About It)

roupas pretas no armário.
palavras erradas pra dizer.
a mais tentadora sensação,
o gosto amargo do amanhã.

tranças no cabelo de menina.
terá ferido a vida tão duramente?
apenas mais um lugar onde ir.
depósito de verdades.

ela é um pequeno momento,
um pequeno ponto no céu de outubro.
um toque proibido no desejo carnal.

roupas pretas no armário.
fotos pelo chão. areia da praia,
como desenho de um alguém.

Hans Cristian Koch.
(Pato Branco/PR. 15/01/2009).

domingo, 14 de março de 2010

Um domingo chuvoso. Um café em um bar qualquer.

Roupas brancas no balcão

Amargo na boca,
como um forte café,
sem a doçura do seu sorriso.

Hoje acordei e não pude lembrar
há quanto tempo não rio de suas
travessuras,
de suas perguntas sem sentido,
dessa nova forma de ser jovem.

Hoje acordei e não pude lembrar
seu nome, mas isso é quase
como não saber se na verdade
nos conhecíamos,
pelo menos o suficiente.

É difícil precisar, se o amargo
é a razão de saber qual é a escolha certa,
ou é a saudade de algo que não aconteceu
por falta de um segundo a mais,
de uma palavra dita sem querer.

A mesma pressa pelo dia de amanhã,
é o contrário do que quero quando te vejo,
cada um em seu mundo de segredos.
E passo horas na mesa de um bar,
e como compania o amargo de um forte café, sem a doçura do seu sorriso.

Hans Cristian Koch.
Francisco Beltrão/PR. 14/03/2010.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Quem sabe....

É aquela pergunta que fica martelando em sua mente, à todo instante.


Onde está o túnel do tempo?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

É preciso pensar...

em como as letras do alfabeto brincam. Brincam de bem e mal. E todas as desgraças habitam uma folha de papel, perdendo a vida.

Será como eu, ou você, estampando uma manchete de jornal?

Ou será uma estória quase real?

E assim as tragédias parecem coisas simples. E as histórias de amor, duram para sempre.

Mas então, quem sabe, verdadeiramente, o que é real?